10 de mai. de 2011

Aquela vontade de não-sei-o-quê

  Gabriela chegou em casa do trabalho. Sentiu vontade de comer algo, mas não sabia o que queria. Não sabia se era doce, se era salgado, só sabia que queria comer isso. Ficou pensando no que seria "isso", será que era algo que já tinha comido? Ela foi até a cozinha, viu um pacote de bolacha aberto, começou a comer. Aquela vontade passou.

  No dia seguinte foi ao trabalho,como fazia há 2 anos. Acordava cedo, Gabriela não gostava de acordar cedo. Ela pensava em mudar de emprego, gostava de cozinhar. Ficou pensando enquanto trabalhava, pensou em dar uma olhada nos classificados. Ia embora mais cedo, tinha marcado hora no dentista. Já estava quase se atrasando. Acabou esquecendo dos classificados.

  Chegou no dentista, estava cheio, demoraria uns 30 minutos a mais do que o esperado. Gabriela pegou uma revista e foi ler a parte de culinária. Nos poucos segundos em que tirou os olhos da revista viu um homem que estava saindo de uma consulta. Pensou que ele poderia ser um bom par,pensou em conversar com ele. Mas e se ele tivesse alguém? E se ele não gostar de quem se chama Gabriela? Ela pensou tanto que ele já havia saído do consultório há dois minutos atrás.

   Gabriela pensava demais.

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