19 de set. de 2013

TA: As flores de plástico não morrem

Textos Aleatórios. Que eu escrevo quando dá vontade, quando tem impulso, quando não dá para controlar e saio correndo em busca de papel e alguma coisa para escrever. Inspirado em pessoas que eu conheço, em desconhecidos e às vezes em mim. São textos de momento. Talvez eles caibam no seu momento também.


 A primeira vez que eu dei flores para uma mulher (que não fosse a minha mãe) foi quando eu tinha 15 anos. Ela foi a minha primeira namorada. Comprei um buquê de rosas vermelhas. Mas nosso namoro durou 2 semanas. Ela disse:
 -Beto, eu não gosto taaanto assim de você, estou afim do Pedro. Não estamos mais namorando.

 Nosso namoro foi como o buquê. Vivo, bonito e encantador no começo. Mas morreu logo, não tinha raízes. E assim como as flores que dei pra ela, esse amor foi parar no lixo.

A segunda vez que dei flores para uma mulher foi quando eu tinha 20 anos. Ela tinha visto em algum site um texto onde um cara entregava um buquê de rosas e dizia "Vou deixar de te amar só quando a última flor morrer", aí tinha uma flor de plástico que nunca morria. Ela achou tão lindo que eu fiz o mesmo. Os olhos dela brilharam quando eu entreguei o buquê imortal. Não deu meia hora e ela já nem ligava mais.

 E, novamente, nosso namoro foi como o buquê. Morto desde o começo, ficava ali parado, parecendo bonito, durando pra sempre. Namorei por 7 anos, amei durante 2. Quando ela foi embora, levou as coisas e só sobrou o buquê. E plástico se decompõe só em uns 100 anos. 
         

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 Hoje vou me encontrar com a Débora, faz um mês que a gente tá junto. Levarei flores.

 -Oi! Toma aqui um pacotinho de sementes.
 -Humm, rosas! Minhas preferidas! - disse ela enquanto ria e fingia sentir o delicioso cheiro de flores vindo do pacotinho.


 Débora ganhará flores só se cuidar. 


2 de set. de 2013

Projeto Studio62


"No centro de São Paulo, próximo à efervescente cena musical da Rua Augusta, o fotógrafo Rafael Kent clicou centenas de artistas em seu Studio.
Mas por que não registrar também aquilo que move a engrenagem do cenário musical? Por que não retratar a própria música?
Assim surgiu o Studio62.
Um projeto que convida artistas para uma experiência minimalista longe dos palcos. É numa atmosfera intimista em que apenas os equipamentos do Studio os cercam, para fazer com que a música se mostre direta e cruamente ao público.
Na contra-corrente das grandes produções, o Studio62 quer buscar esse estado mais fundamental da música e do artista, o momento mais autêntico da relação entre ambos e a forma que se apresenta ao público."  (via Projeto Studio62)

 Conheci o projeto pelo vídeo do Tiago Iorc (que foi o primeiro!), e me apaixonei. São vídeos lindos , intensos, simples e incríveis. Se você ainda não conhece esse projeto, veja os vídeos aqui. 

  Esse é o vídeo do Tiago Iorc, interpretando "Tempo Perdido"






 Um dos meus favoritos, é esse da Negra Li, interpretando "Saudosa Maloca", de Adoniran Barbosa. Usando somente a voz e o corpo. Incrivel.





  Nesse vídeo, Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, faz a versão acústica de "Diga, parte 2". Uma das músicas que me dão aquele nó na garganta. E me faz pensar "Queria ter escrito isso.".




Esses são meus três vídeos favoritos!

 Espero que se encantem e se emocionem com os vídeos também. E divulguem para os amigos, coisas boas devem ser compartilhadas!